Căutare Numele cotidianului: Diário de Notícias (Cotidianul de Ştiri) Chegam a Bucareste com o dinheiro do repatriamento voluntário no bolso, mas muitos têm a esperança de regressar a França "É claro que pensamos voltar a França. A vida lá é melhor do que na Roménia, mesmo quando somos ilegais", disse Ionut Balasz, de 26 anos, um dos ciganos romenos repatriados de França após o endurecimento da segurança operado pelo Presidente Nicolas Sarkozy contra esta minoria. Ionut vivia em Grenoble há quatro meses com os irmãos. Era a sua primeira estada em França. A mulher continuou em Petrosani, uma cidade mineira de 42 mil habitantes da Roménia, de onde ambos são oriundos. "Em Grenoble, trabalhava onde podia", afirmou, lamentando a amálgama feita pelos políticos no poder por causa dos ciganos. "Misturam toda a gente. Há os que roubam, mas não são todos." Ionut recolhe a sua grande mala e apressa-se a deixar o aeroporto, onde, a bordo de um voo regular da companhia Blue Air, chegaram os 61 ciganos vindos de Lyon. "Vou perder o meu comboio", diz em jeito de desculpa. Como ele, várias dezenas de ciganos que chegaram sob um sol abrasador ao velho aeroporto Aurel Vlaicu, de Bucareste, são de Petrosani. Foram surpreendidos pelas dezenas de jornalistas e câmaras que os esperavam e procuram ouvir a sua reacção, enquanto transportam as suas pesadas bagagens e carregam os filhos. "O que vos posso dizer. Era muito duro em França, havia pressões o tempo inteiro... a polícia, a câmara", diz Gabriel, de 35 anos, que prefere esconder o seu último nome. Regressa com a mulher e as duas filhas pequenas, nascidas em França, com o dinheiro da ajuda ao repatriamento no bolso: 300 euros para os adultos, quase equivalente a um salário mensal na Roménia, e 100 euros por criança. Hesitante, prefere antes falar em romeno do que em francês. Também ele vivia em Grenoble e trabalhava em situação irregular, "porque nunca nos querem dar papéis" para o fazer legalmente. Se os cidadãos romenos, como os búlgaros, têm o direito a entrar livremente em França e ficar aí três meses, devem depois justificar a sua presença com um trabalho legal, estudos ou meios suficientes de subsistência. Mas o acesso ao mercado de trabalho é limitado nalguns países da União Europeia aos romenos e búlgaros. Que fará em Petrosani? Levanta os ombros: "Não sei." Também ele deixa entender que procurará regressar a França. "Mas lá a pressão aumentou contra os romenos por causa da política, dos políticos", referência ao endurecimento da política de segurança do Governo desde finais de Julho e ao desmantelamento acelerado dos acampamentos ciganos no país. Outro cigano de Petrosani, que prefere não dar o nome, diz que vivia numa caravana em Grenoble. "Regressamos voluntariamente. Vamos ficar em casa se encontrarmos trabalho, mas é difícil", diz este homem de 40 anos que chegou com mulher e filhos. Difícil por causa da discriminação na Roménia? "Difícil porque aqui é uma pobreza, o país é mais pobre." |
Centrul de Documentare ISPMN a iniţiat un proiect de monitorizare a presei pe tematica reprezentării minorităţilor naţionale. În cadrul proiectului sunt monitorizate versiunile online ale mai multor cotidiane naţionale, atât în limba română cât şi în limba maghiară. În munca de colectare a materialelor beneficiem de aportul unui grup de studenţi ai Universităţii Babeş-Bolyai, Facultatea de Sociologie şi Asistenţă Socială, fapt ce ne oferă posibilitatea unei dezvoltări continue a bazei noastre de date. Proiectul de monitorizare a presei doreşte să ofere celor interesaţi, posibilitatea de utilizare a acestei baze de date în viitoare analize. |